Also see: (Brazillian Portugueues) A Natureza de Buda NÃO é 'Eu Sou - Buddha Nature is NOT "I Am"
Original English Article: On Anatta (No-Self), Emptiness, Maha and Ordinariness, and Spontaneous Perfection
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Veja também:
Dois Tipos de Contemplação Não-Dual após EU SOU Vazio +A e -A
(Última Atualização: 14 de Março de 2009)
Artigo escrito por: Thusness/PasserBy
Não sei porquê, mas recentemente, o tópico sobre anatta tem surgido frequentemente em fóruns. Talvez 'yuan' (condição) tenha surgido. :-) Vou apenas anotar alguns pensamentos sobre minhas experiências de ‘não-eu’. Uma partilha casual, nada autoritária.
Os 2 versos abaixo são fundamentais para me levar à experiência direta de não-eu. Embora pareçam transmitir a mesma coisa sobre anatta, meditar nestes 2 versos pode render 2 insights experimentais muito diferentes -- um sobre o aspecto do vazio e o outro, o aspecto luminoso não-dual. Os insights que surgem dessas experiências são muito iluminadores, pois contradizem tanto o nosso entendimento ordinário do que é a consciência.

Para aqueles mestres que ensinaram,
“Deixe os pensamentos surgirem e desaparecerem,
Veja o espelho de fundo como perfeito e fique inalterado.”
Com todo o respeito, eles apenas disseram algo agradável, mas iludido.
Em vez disso,
Veja que não há ninguém por trás dos pensamentos.
Primeiro, um pensamento e depois outro pensamento.
Com o aprofundamento da percepção, será mais tarde revelado,
Sempre apenas isso, Um Pensamento!
Não-surgindo, luminoso, mas vazio!
E esse é o propósito total de anatta. Para ver completamente que esse fundo não existe na realidade. O que existe é um fluxo, ação ou karma. Não há fazedor nem nada sendo feito, apenas fazendo; Não meditador nem meditação, apenas meditando. Do ponto de vista do desapego, "um observador observando o pensamento" criará a impressão de que um observador está permitindo que os pensamentos surjam e desapareçam enquanto permanece inalterado. Isso é uma ilusão; é 'manter' disfarçado de 'deixar ir'. Quando percebemos que não há fundo desde o início, a realidade se apresentará como um todo desapegado. Com a prática, a ‘intenção’ diminui com o amadurecimento da percepção e o ‘fazer’ será gradualmente experimentado como um mero acontecimento espontâneo, como se o universo estivesse fazendo o trabalho. Com alguns apontamentos da 'originação dependente', podemos então penetrar mais para ver esse acontecimento como uma mera expressão de tudo interagindo com tudo vindo a ser. Na verdade, se não reificarmos ‘universo’, é apenas isso -- uma expressão de surgimento dependente que é apenas certo onde e quando é.
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Compreendendo isso, a prática é simplesmente abrir-se para o que quer que seja.
Pois esse mero acontecimento é apenas certo onde e quando é.
Embora nenhum lugar possa ser chamado de lar, é em todo lugar lar.
Quando a experiência amadurece na prática da grande facilidade,
A experiência é Maha! Grande, milagrosa e feliz.
Nas atividades mundanas de ver, comer e saborear,
Quando expresso poeticamente é como se o universo inteiro estivesse meditando.
Tudo o que é dito e expresso são realmente todos diferentes sabores,
Deste tudo de tudo surgindo dependentemente,
Como este momento de cintilar vívido.
Neste ponto, fica claro que o fenômeno transitório já está acontecendo de maneira perfeita; desenrolando o que deve ser desenrolado, manifestando o que deve ser manifestado e desaparece quando é hora de ir. Não há problema com este acontecimento transitório, o único problema é ter um ‘espelho extra’, uma reificação devido ao poder da mente para abstrair. O espelho não é perfeito; é o acontecimento que é perfeito. O espelho parece perfeito apenas para uma visão dualista e inerente.
Nossa visão inerente e dualista profundamente enraizada tem muito sutil e inconscientemente personificado o "aspecto luminoso" no observador e descartado o "aspecto vazio" como os fenômenos transitórios. O principal desafio da prática é então ver claramente que luminosidade e vazio são um e inseparáveis, eles nunca foram e nunca podem ser separados.
Sobre o segundo verso
Para o segundo verso, o foco está na vívida, pureza dos fenômenos transitórios. Pensamentos, sons e todos os transitórios são indistinguíveis da Consciência. Não há divisão experienciador-experiência, apenas uma experiência espontânea e contínua surgindo como pensador/pensamentos, ouvinte/sons, sentidor/sentimentos e assim por diante. Na audição, ouvinte e som são indistinguivelmente um. Para quem está familiarizado com a experiência “EU SOU”, aquele puro senso de existência, aquela poderosa experiência de presença que faz alguém se sentir tão real, é inesquecível. Quando o fundo se vai, todos os fenômenos de primeiro plano se revelam como Presença. É como naturalmente 'vipassânico' ou simplesmente, nu na consciência. Do som sibilante do PC, à vibração do trem MRT em movimento, à sensação quando os pés tocam o chão, todas essas experiências são cristalinas, não menos “EU SOU” do que “EU SOU”. A Presença ainda está totalmente presente, nada é negado. :-)
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O universo é este pensamento que surge.
O universo é este som que surge.
Apenas este magnífico surgimento!
É Tao.
Homenagem a todo surgimento.
Sobre a Perfeição Espontânea Por fim, quando essas 2 experiências se interpenetram, o que realmente é necessário é simplesmente experimentar o que quer que surja de forma aberta e irrestrita. Pode parecer simples, mas não subestime este caminho simples; até vidas de éons de práticas não podem tocar a profundidade de sua profundidade.
De fato, em todas as subseções -- “Sobre o Primeiro Verso”, “Sobre o Segundo Verso”, “Sobre o Vazio”, já há certa ênfase no caminho natural. Com relação ao caminho natural, devo dizer que a presença espontânea e experimentar o que quer que surja abertamente, irrestritamente e destemidamente não é o 'caminho' de qualquer tradição ou religião -- seja Zen, Mahamudra, Dzogchen, Advaita, Taoísmo ou Budismo. De fato, o caminho natural é o 'caminho' do Tao, mas o Taoísmo não pode reivindicar monopólio sobre o 'caminho' simplesmente porque tem uma história mais longa. Minha experiência é que qualquer praticante sincero, após amadurecer experiências não-duais, eventualmente chegará a isso automaticamente e naturalmente. É como no sangue, não há outro caminho além do caminho natural.
Dito isso, o caminho natural e espontâneo é frequentemente mal representado. Não deve ser interpretado como que não há necessidade de fazer nada ou que a prática é desnecessária. Ao contrário, é a visão mais profunda de um praticante que, após ciclos e ciclos de refinar suas percepções sobre anatta, vazio e originação dependente, de repente percebe que anatta é um selo e a luminosidade não-dual e o vazio sempre foram ‘o fundamento’ de todas as experiências. A prática então muda de ‘concentrativa’ para ‘sem esforço’ e para isso requer a completa penetração das percepções não-dual e do vazio em todo o nosso ser, como a forma como “visões dualistas e inerentes” invadiram a consciência.
De qualquer forma, deve-se ter cuidado para não transformar nossa natureza vazia e luminosa em uma essência metafísica. Encerro com um comentário que escrevi em outro blog, Luminous Emptiness, pois resume muito bem o que escrevi.
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